Dirigido por Zack Snyder (“Watchman” e “300”) e produzido por Chris Nolan (da consagrada trilogia “Batman”), o longa conta com um elenco meteórico (hê!), composto por Henry Cavill, Amy Adams, Michael Shannon, Diane Lane, Russell Crowe, Kevin Costner, Laurence Fishburne e Antje Traue.
Nascido em Krypton, o pequeno Kal-El viveu pouco tempo em seu planeta natal. Percebendo que o planeta estava prestes a entrar em colapso, seu pai Jor-El (Crowe) o envia ainda bebê em uma nave espacial, rumo ao planeta Terra, levando com ele importantes informações de seu povo. Contrariado com tal atitude, o General Zod (Shannon) tenta impedir a iniciativa e acaba preso. Já em seu novo lar, a criança foi criada por Jonathan (Costner) e Martha Kent (Lane), que passaram a chamá-lo de Clark. O tempo passa, seus poderes vão aparecendo e se tornando, de certa forma, um problema, porque isso evidencia que ele não é um ser humano. Já adulto, Clark (Cavill ♥) se vê obrigado a buscar um certo isolamento porque não consegue resistir aos impulsos de salvar pessoas e sempre precisa sumir do mapa para não criar problemas para seus pais. Mas o terrível Zod conseguiu se libertar e descobriu seu paradeiro. Agora, a humanidade corre perigo e talvez tenha chegado a hora das pessoas conhecerem aquele que passarão a chamar de o Superman.
Primeiramente eu gostaria de falar sobre “Superman: O Retorno” de 2006, e sobre como Bryan Singer deu às pessoas aquilo que elas queriam na época: um filme clássico do Superman, dando continuidade à série original de 1978. O filme foi um fiasco (desculpe quem gostou, eu provavelmente não sei nada sobre entretenimento), 2h34m de monotonia excruciante, com direito a diversas cochiladas e eventuais “esse filme não acaba nunca?”. O que me deixou mais passada foi a escolha de Brandon Routh. Desculpem, esse moço aí não tem porte de Superman. E também não teve uma boa atuação no filme. Me julguem.
Por que eu falei tudo isso? Por que depois de a Warner ter dado às pessoas aquilo que elas queriam em 2006 e as pessoas terem percebido que na verdade não era bem assim, o estúdio resolveu que agora ia ser do jeito dele. Aleluia por isso, irmãos!
A partir daí começou a produção do reboot mais bem sucedido (na minha opinião) da história! Eles já começaram acertando trazendo Snyder e Nolan para trabalharem juntos, e quando acrescentaram Henry Cavill a essa equação, miraram e acertaram bem no alvo. Esse filme não teria sido o que foi se algum desses três nomes não estivesse na folha de pagamento.
A quebra dos tabus começou quando escalaram a ruiva Amy Adams para ser a nossa Lois Lane, e Laurence Fishburne para Perry White. Isso foi só a ponta do iceberg. Adeus cueca por cima da calça, você já foi tarde!
Os fãs extremistas podem reclamar de alguns pontos do filme, grande parte da mitologia do homem de aço foi desmistificada no reboot, e ganhamos um filme mais sólido, mais real e incrivelmente verídico. Quem está esperando um buraco de gelo no meio do Pólo Norte chamado Fortaleza da Solidão, uhm, pense duas vezes.
O longa não é, em momento algum, maçante. Pelo contrário, você mal vê às 2h23m de filme passarem. Ao invés de nos contar toda a infância e adolescência de Clark Kent em detalhes desastrosos, somos levados, imediatamente após a destruição de Krypton, para Clark vivendo a vida de um nômade, um fantasma, já adulto e se escondendo, salvando pessoas pelo meio do caminho e sendo assaltado por diversos flashbacks da infância que nos ajudam a entender quem ele é de uma forma nada cansativa.
Henry Cavill empresta ao personagem uma doçura e uma verdade que eu nunca vi em um Superman antes. Ele é o Homem de Aço, em todos os sentidos, seja nos intensos olhos azuis e no cabelo escuro, no porte físico ou no sorriso sincero. Quando ele veste o uniforme se torna outra pessoa. Ao mesmo tempo que parece ser a criatura mais poderosa do universo, você ainda consegue enxergar no olhar dele uma vulnerabilidade desconcertante. Faz com que nós, mulheres, queiramos apenas abraça-lo e dizer que tudo vai ficar bem, que iremos protege-lo.
Mesmo com toda a incrível parte psicológica e emocional do filme, ainda conseguimos ficar embasbacados pela ação e o show dos efeitos especiais (essa frase soou muito SBT, mas ok) e sonoros que o longa nos proporciona. Assistir em 3D foi um suplicio, eu mal sabia para onde olhar. Esse novo Superman, mesmo doce, tem uma qualidade de garoto fora de controle. Sim, ele não está nem aí, quebra a cidade inteira (tipo os Power Rangers, que destroem a cidade para salvar a cidade, hê).
Pra quem tem duvidas, segue abaixo um gostinho do que te espera nas cenas de ação, a qualidade do vídeo não é das melhores, mas dá pra ter uma ideia:
(Spoiler Alert!) Quero ressaltar 5 cenas que me tiraram do chão durante o filme inteiro:
A primeira é quando Zod vai até Smallville (♥), à casa de Clark, ameaçar Martha. Ele, já vestido com seu uniforme, aparece zunindo pelo ar, literalmente puto, com o perdão da palavra, pega nosso vilão de jeito e saí espancando ele por toda cidade dizendo “Você acha que pode vir à minha casa e ameaçar a minha mãe?”. Sim, senhoras e senhores, esse é o tipo que eu pedi a Deus.
A segunda se passa durante um flashback, e pode ser vista no trailer. É quando Jonathan Kent mostra à Clark sua nave espacial e diz que ele é a resposta para a pergunta “estamos sós no Universo?”. Depois de constatar que não é filho biológico dos Kent, Clark inocentemente pergunta ao pai: “eu posso continuar fingindo ser seu filho?”, Jonathan abraça o menino é diz: “mas você é meu filho”. Sim, morri de chorar.
A terceira também é um flashback, a parte onde descobrimos como Jonathan Kent morreu. Quando está prestes a ser levado por um tornado, Clark pode salvá-lo, mas não sem revelar a todos que é diferente. O pai então balança a cabeça em um silencioso não, lhe dizendo com um olhar que não se importa de morrer para proteger o filho. Essa cena em especial, foi incrivelmente inteligente. Um segundo antes de Jonathan morrer o som é cortado, temos apenas os silêncios, os olhares, a conclusão de que é desse jeito que as coisas são, para então uma triste melodia encher a sala de cinema. Isso minha gente, arrancou lágrimas de todo mundo.
A quarta cena é o ultimo flashback do filme. Clark diz a mãe que gostaria que o pai estivesse vivo para ver o que ele havia se tornado e pudesse ficar orgulhoso, e então, enquanto Martha lhe diz que sim, o pai dele já tinha orgulho dele, entra o flashback. Um Clark muito criança, com uma toalha vermelha presa à roupa como se fosse uma capa, brincando com o cachorro e sendo observado pelos pais orgulhosos. Mais uma vez responsabilizo a trilha sonora emocionante por me fazer soluçar na poltrona.
A quinta e ultima cena foi uma que eu não esperava ver neste “Homem de Aço”. Clark Kent, de camisa azul escura xadrez e gravata, pedalando uma bike pelo transito de Metropólis e chegando ao Planeta Diário, com os famosos óculos quadrados de aros grossos, e sendo apresentado à todos por Perry White, como novo correspondente 😀
Pra concluir, isto é, se você ficou aqui comigo até o fim no post mais longo da curta história desse blog, tenho apenas uma ultima coisa para compartilhar com vocês: “It’s not an ‘S‘, on my world it means ‘Hope‘“.
Quem não vomitou arco-íris com esse gif não é de carne e osso!
Agora me digam, já foram conferir “Homem de Aço”? O que acharam?
Xoxo.
P.